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2015

António Costa Pinto

Os camisas azuis e Salazar. Rolão Preto e o fascismo em Portugal

Lisbon ,  Edições 70

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Synopsis

Este livro tem como objecto o estudo da acção política dos fascistas portugueses na primeira metade do século XX, concentrando-se no MovimentoNacional-Sindicalista de Rolão Preto, a expressão mais significativa e derradeira de um movimento fascista em Portugal. A diversidade documental que sustentou a investigação para este livro permitiu, creio,uma análise diacrónica dos movimentos fascistas portugueses no quadro de um processo de transição do liberalismo para o autoritarismo.

Em Fevereiro de 1932, um grupo de estudantes fascistas criou em Lisboa um jornal académico, A Revolução. Quase todo o grupo fundador pertencia ao sector estudantil do Integralismo Lusitano, movimento monárquico de direita radical, fundado nos anos 10, sob inspiração da Action Française. Meses mais tarde, o grupo decidiu convidar para seu director Francisco Rolão Preto, o membro da Junta Central do Integralismo Lusitano que se encontrava mais próximo do ideal fascista que todos professavam. Lançado no Verão desse ano, o Movimento Nacional-Sindicalista rapidamente se organizou à escala nacional, sob a chefia carismática de Rolão Preto. O Nacional-Sindicalismo, expressão do fascismo enquanto movimento em Portugal, foi um fenómeno político tardio. Fundado em 1932, em plena transição para um regime autoritário, representa o último combate de uma «família política» que desempenhou um papel importante no processo de crise e de derrube do liberalismo português, mas que foi secundarizada na edificação de uma alternativa ditatorial estável no início dos anos 30. Tão estável que a resolução desta crise acabaria por produzir uma das ditaduras de direita mais longa da Europa do século XX.



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Antonio Costa Pinto   |   acpinto@ics.ul.pt
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